Humberto de Campos escreveu um poema onde retrata com precisão a Vila em que ele nasceu.
Soneto Miritiba
É o que me lembra : uma soturna
vila
Olhando um rio sem vapor nem
ponte;
Na água salobra , a canoada em
fila ...
Grandes redes ao sol, manguais
defronte...
De um lado de outro , fecha-se o
horizonte...
Duas ruas somente ... a água
tranqüila...
Botos no prea - mar ... A igreja
... A fonte
E as grandes dunas claras onde o
sol cintila.
Eu, com seis anos, não reflito,
ou penso.
Põem-me no barco mais veleiro, e,
a bordo,
Minha mãe , pela noite agita o lenço...
Ao vir do sol, a água do mar se
alteia.
Range o mastro ... Depois ... só
me recordo
Deste doido lutar pôr terra
alheia!
( Poeira...Segunda Série/1917)
estou aguardando seguidores
ResponderExcluir